Um acerto
A UEFA Nations League chegou a sua reta final da fase de grupos, da sua primeira edição, neste fim de semana. É inegável e quase unânime entre o jornalismo esportivo que a competição entre seleções europeias é um sucesso. O resultado do sucesso da competição é comemorado efusivamente pela diretoria da Turner, que apostou muito em manter a competição na grade dos canais TNT e Space, e comemora a cada rodada de data Fifa, um novo recorde de audiência da competição. Em março, a ideia da emissora é enviar equipe de narradores e comentaristas para cobrir in loco o Final Four, provavelmente em Portugal.
Rombo
O novo acordo de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em 2019, é benéfico à competição, pois gera equilíbrio nas receitas dos clubes, e principalmente finda o monopólio da TV Globo quanto aos direitos de transmissão. Mas, acredite: no primeiro ano, esse acordo será altamente prejudicial aos clubes. Muitos terão um 2019 com pires na mão, devido a mudança da distribuição de receita de direitos de televisão para os clubes.
Por que?
Carlos Salvador fb.com/carlosaugusto.salvador @calosalvador |
A questão é simples. Atualmente os clubes adiantam praticamente toda sua cota anual de transmissão, ou na pior das hipóteses, recebem parcelado durante os 12 meses do ano. A partir de 2019, com o rateio 40% em partes iguais, 30% por numero de jogos transmitidos e 30% pela classificação final, isso vai mudar e muito. Cada clube só poderá adiantar os 40% que tem direito, as demais fatias só poderão ser pagas após o termino do campeonato, e até lá, quase ninguém sabe como irá administrar suas finanças. Uma negociação que está em andamento é a repartição da fatia de 30% em duas parcelas, fazendo com que os clubes recebam suas partes ao fim do turno, e ao fim do campeonato brasileiro.
Cenários
Apenas três clubes não temem esta situação em 2019. Palmeiras com o aporte financeiro da patrocinadora, o Flamengo com a situação financeira estável e equilibrada, e o Grêmio que vem planejando o balanço de suas receitas para esse período, desde 2016. Na contramão, estarão os 4 clubes rebaixados. A distribuição dos 30% pela classificação final, somente contemplará os 16 primeiros colocados do BR19, ou seja, os quatro times rebaixados, além de um ano esportivamente terrível, terão um rombo sem precedentes para a temporada de 2020.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.