Coluna do Professor #207, por Albio Melchioretto


FICOU FEIO DEMAIS: QUAL É DA FUNÇÃO COMENTARISTA NA TELEVISÃO?

Nos últimos dias três fatos chamaram minha atenção. O primeiro deles foi Thiago Neves, do Cruzeiro, confundindo-se com um perfil fake do comentarista Mauro Cezar Pereira, dos canais ESPN nas mídias sociais. O jogador sentiu-se incomodado com uma postagem do perfil, não percebeu que não era o jornalista e saiu a vociferar pela rede. Depois da confusão, perfil verdadeiro e perfil fake manifestaram-se. O segundo fato, depois do escândalo de julgar na véspera do jogo, o Santos foi condenado e entrou em campo com a obrigação de fazer, pelo menos três gols para ir aos pênaltis pela Libertadores, no evento, inúmeros comentaristas acreditaram no ataque santista, mas o jogo mostrou a realidade foi diferente dos sonhadores com microfone. Ainda pela mesma competição, o Corinthians venceu o Colo-Colo e os comentaristas apontaram como o melhor jogo do ano! E diante dos fatos pergunto, qual é da função comentarista na televisão?

Sua função deveria apontar aquilo que a imagem não mostra, ir além dos fatos, fazer pensar, ou melhor, desnudar o óbvio. Os fatos me fazem pensar algo uníssimo: o nível dos comentários nas transmissões televisivas é muito ruim. Fraco demais e explicarei as evidências. Primeira, um comentarista não é reconhecido diante do fake. Isso significa que os comentários de um desconhecido são semelhantes ao comentário de um profissional, ou ainda, poderia afirmar, o comentarista profissional não acrescenta nada senão a repetição de uma discussão de amigos após a rodada. A crítica aqui está no campo do discurso. Afirmo que o discurso de um profissional está semelhante ao discurso de um não profissional e isto é um problema. Ele torna a figura do comentarista desnecessária. Se ele repetirá o óbvio, aquilo que todos enxergam não faz sentido de ele existir, pois o fato está lá, dado. Penso e defendo que o comentarista deva ir além do visível, desnudar os fatos e mostrar aquilo que os olhos comuns não enxergam, como também projetar o que acontecerá, mas se ele é confundido com um desconhecido, significa que seu texto está precário e suas palavras, muito bem agasalhadas.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto

O segundo ponto, os comentários a não poderiam iludir o torcedor. Não é função dele vender o jogo. Em que universo Santos teria capacidade para despachar com goleada seu adversário, num dia onde a força mental estava focada na trapaça tribunalesca, tampouco o Corinthians fez um jogo de encher os olhos. O jogo terminou como uma pelada de várzea, todos atacando, fora de posição e no avante que dá… horrível de se ver. O jogo teve emoção para torcedor, mas observar jogadores fora de posição, sem respeito tático e considerar isso um jogo brilhante é desconcertante. Na condição de torcedor, posso entender que jogou bem, mas na condição de comentarista é necessário perceber as mudanças em campo e traduzir para que o espectador perceba também o fato desnudado. Novamente a figura do comentarista deixa uma grande lacuna em seu espaço.

Comentarista água com açúcar me estimula a ver o jogo em função “mute”.

Nobre leitor, qual seu comentarista preferido?






Aposta nas melhores casas de apostas do dia 30 de Setembro 2023

Novibet Sport

Bônus

R$ 300+ 30 Rodadas Grátis

888 Sport

Bônus

R$ 200

Legend Play Sports

Bônus

R$ 1.750

Royalistplay Sports

Bônus

R$ 500

Leovegas Sport

Bônus

R$ 150
Deixe um comentário

Você está aqui: Início > Coluna do Professor #207, por Albio Melchioretto