COLUNA #200 | Um craque se faz com algo mais que gols, por Albio Melchioretto

Henrique Neves

Atualizado :


Depois de quatro anos, chego a coluna de número 200, e justo no domingo de final da copa do mundo. Agradeço a você, nobre leitor, pela paciência e valiosas contribuições a este espaço. Em tratar-se de copa, abro um parêntese para falar dela tangencialmente. Como lembrei, faz algumas semanas, a razão de existir do espaço, é a Copa do Mundo, daí seu sentido especial e o apego de muitas linhas. Mas o foco de hoje é de um participante, que poderia ser estrela, mas foi coadjuvante nesta copa, Neymar Jr.

Na quinta-feira, 12, Juca Kfouri, numa intervenção na ESPN Brasil fez um paralelo interessante. Citou alguns camisas 10 que apontaram para cima a mística da camisa, citou Pelé, Zico e até Silas como protagonistas significativos. Jogadores que, com título ou sem, enalteceram e respeitaram o manto sagrado elevado-o. Em contrapartida, teceu duras críticas ao atual 10 por estar com a camisa em baixa, mais no chão que no alto. Para isto trouxe citações de vários jornalistas e ex-boleiros.

Interessante analogia. No mesmo dia, dediquei algumas horas ao BandSports, pela primeira vez nesta copa, acompanhando o Depois do Jogo. Nele, vi duras críticas ao jogador Neymar por vivenciar sua folga numa roda de poker junto a Gabriel Jesus. Na hora lembrei da polêmica que Edu Gaspar protagonizou, na entrevista pós eliminação, ao disser o que pensa do jogador. Pontos de abordagem completamente diferentes.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto

Nem tudo ao céu, muito menos ao inferno. Permanecer que o meio do caminho é uma via interessante neste caso. Não quero defender, tampouco condenar o jogador. Mas, além destes três citados, existe um caminho de provocar a existência de heróis e vilões na mídia. Criticar a postura do atleta em campo, elogiar seus dribles, analisar sua condução de carreira, parece-me ser o papel da mídia, porém, dedicar horas ao comentar o que o atleta faz na sua privacidade, parece-me exagero.

Entretanto, figura pública possui privacidade? Não é está a seara de minha crítica, e sim, a crítica ao exagero da análise da vida privada do jogador. Bem como o perigo que “vocês da imprensa” (homenagem a Dunga!!!) causam ao tomar frases soltas e polemizá-las. E-qui-lí-brio (salve Tite!!!).

Entre críticas, tempo livre, choros e muitas quedas, penso que Neymar Jr., deveria seguir as orientações de um coaching como tentativa de preservar e melhorar sua imagem. Craque, não se faz apenas com gols.

E você nobre leitor, acredita que a mídia exagera na cobertura em Neymar?



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