Modelo que existe desde 1997 e garante ao comprador a totalidade dos jogos do Campeonato Brasileiro da Série A, o pay-per-view da Globo vive ameaça de não entregar o mesmo serviço a partir do ano que vem. A informação é da Folha de S. Paulo, por Alex Sabino.
Sem acordo com Palmeiras, Bahia e Atlético/PR para os direitos de transmissão do Nacional de 2019 a 2024, a Globo não conseguirá garantir 100% dos jogos para os clientes que comprarem o pay-per-view já no torneio de 2019.
Além do trio, a emissora ainda não fechou acordo com equipes que estão na Série B e podem subir para a elite em 2019, como Coritiba, Criciúma, Fortaleza, Guarani, Paysandu e Sampaio Corrêa, parceiros do Esporte Interativo na TV, além de Boa Esporte, CSA, Juventude, São Bento e Oeste, que ainda não acertaram com ninguém em nenhuma plataforma.
Dirigentes dos clubes ouvidos acreditam que podem se unir e quebrar o sistema de transmissão, causando um colapso no pay-per-view da Globo.
“Bahia, Atlético-PR e Coritiba não negociaram e não veem perspectivas de negociar TV aberta e pay-per-view para 2019. Portanto, considerando que os três clubes estejam na Série A em 2019, haverá uma redução próxima de 30% dos jogos exibidos no pay-per-view”, diz Guilherme Bellintani, presidente do Bahia.
A Lei Pelé estabelece que os direitos de transmissão dos jogos pertencem aos dois times envolvidos. Assim, caso a Série A de 2019 tenha três times sem contrato com a Globo, a emissora não poderia transmitir 108 dos 380 jogos (28% do total). Se forem quatro clubes, seriam 140 partidas (37%).
Essa redução é a principal arma dos times que ainda não fecharam com a Globo para barganhar fatias maiores dos contratos do pay-per-view. Alguns desses clubes acreditam que a Globo subfatura o que paga a eles em direitos de transmissão.
Responsável pelas negociações com os clubes, Fernando Manuel Pinto, da Globo, acredita que o que é oferecido pela Globo aos times é justo. “Esse modelo que temos hoje não prejudica a exibição e remuneração dos clubes em TV aberta e fechada e ainda cria um modelo complementar que gera oferta de futebol plena e geração de receita adicional aos clubes”, diz o executivo.
Para maiores detalhes, acesse a matéria original da Folha neste link,
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.