A partir de 2019, os clubes que assinaram com o Esporte Interativo terão direito ao replay de seus jogos no Campeonato Brasileiro para uso na internet e outras plataformas. Já aqueles que fecharam com a Globo cederam seus direitos online, e terão de negociar parcerias para utilizar o conteúdo. As informações são do UOL Esporte, por Rodrigo Mattos.
A discussão ocorre porque a mídia online se mostra como próxima fronteira para exploração e ganhos pelos times. Atlético/PR e Coritiba obtiveram audiência de 3,2 milhões no primeiro clássico transmitido exclusivamente online, e mostram o potencial das plataformas e apostas online aqui.
A abertura desses novos canais de transmissão representa uma oportunidade para os clubes alcançarem um público ainda maior e obterem receitas adicionais. Com a crescente audiência e o potencial das plataformas online, os clubes têm a possibilidade de explorar diferentes formas de monetização e fortalecer sua base de torcedores. Essa mudança no cenário da transmissão de jogos traz consigo a necessidade de estabelecer parcerias estratégicas e acordos comerciais que beneficiem tanto os clubes quanto as emissoras envolvidas. É um passo em direção a uma maior autonomia e controle sobre o conteúdo produzido, além de representar uma nova fonte de receita para as equipes esportivas.
Os dois times parananeses, o Santos, Bahia e Palmeiras são alguns dos 15 clubes do Esporte Interativo. Pelo contrato assinado, a Turner cederá a imagens dos seus jogos para esses times com delay após a exibição ao vivo.
Isso significa que terão os direitos sobre o jogo depois desse delay. Poderão exibir o replay na íntegra em seus canais, ou até revender para outras televisões de fora e do país para ganhos. Canais privados de clubes poderão ter esses jogos disponíveis para sócios-torcedores assistirem quando quiserem. Isso vale a partir do Brasileiro de 2019 para os jogos entre os times da Turner.
No caso da Globo, foram mantidos os termos dos contratos anteriores. Ou seja, os clubes cedem os direitos de internet que são exclusivamente da Globo. Isso foi feito assim porque, na visão da emissora, os direitos de internet afetariam os direitos de televisão, seja em pay-per-view ou em aberta.
Mas a emissora carioca acena com parcerias com os clubes para potencializar os ganhos com esse material. A visão da Globo é de que os clubes poderiam ter plataformas para exibição de material, inclusive replays, e entrevistas pré e pós-jogos. Mas, para isso, teria de haver um acordo comercial para ganho dos dois lados, isto é, se buscar novos negócios em parceria.
No exterior, boa parte dos clubes já têm os direitos sobre seus jogos depois da exibição ao vivo com delay. É comum redes de televisão brasileira, por exemplo, comprarem dos próprios times os direitos para retransmissão. É uma nova receita. Além disso, isso fortalece o próprio canal da equipe, dando valor ao sócio-torcedor ou assinante.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.