Em uma briga ferrenha com a Federação Paranaense de Futebol (FPF) para conseguirem transmitir seus jogos gratuitamente no YouTube e no Facebook, Atlético/PR e Coritiba têm um faturamento pífio de direitos de TV em comparação com outros times da Série A.
O ESPN.com.br informa que, de acordo com os últimos dados divulgados pelos clubes brasileiros, relativos à temporada 2015, os rivais somados receberam R$ 69 milhões em direitos televisivos ao longo do ano: R$ 38 milhões para os alviverdes, R$ 31 milhões para os rubro-negros.
O valor da dupla Atletiba somada é praticamente a metade do time que liderou o ranking de quem mais faturou com direitos de TV em 2013: o Cruzeiro, com R$ 133 milhões.
Os paranaenses, na verdade, ficaram atrás de todos os outros clubes quem compõem o grupo dos “12 grandes” do futebol nacional.
Foram eles: Flamengo (R$ 128 milhões), Corinthians (R$ 122 milhões), Atlético/MG (R$ 114 milhões), Palmeiras (R$ 88 milhões), Santos (R$ 86 milhões), São Paulo (R$ 84 milhões), Grêmio (R$ 80 milhões), Internacional (R$ 73 milhões), Fluminense (R$ 67 milhões) e Botafogo (R$ 54 milhões).
Além de terem ficado bem atrás dos grandes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, Atlético/PR e Coritiba também foram superados por Bahia e Sport, dois gigantes da região Nordeste.
Em 2015, o time de Salvador faturou R$ 49 milhões em direitos de TV, enquanto a equipe do Recife conseguiu R$ 47 milhões.
Pior ainda: na temporada anterior a dupla Atletiba conseguiu somada R$ 71,6 milhões relativos aos contratos de televisão – ou seja, o número decresceu de 2014 para 2015.
Foram R$ 36,9 milhões para o Atlético-PR e R$ 34,7 milhões para o Coritiba, que também ficaram atrás dos “12 grandes” e de Bahia e Sport.
Os rivais de Curitiba, aliás, estão há anos estagnados entre valores na casa dos R$ 25 milhões a R$ 38 milhões.
Em 2013, os rubro-negros faturaram R$ 31,16 milhões com direitos de TV, enquanto os alviverdes conseguiram R$ 32,23 milhões, segundos seus balanços oficiais.
Já em 2012, foram R$ 25,49 milhões para o CAP e 24,05 milhões para o “Coxa”.
Aliados nos bastidores, a dupla Atletiba mantém discussão ainda prematura fora de campo para capitalizar com as transmissões através da internet e não descarta até mesmo lançar aplicativos de transmissão online.
Os dois fazem estudos sobre o assunto e conversam sobre como levar seus jogos para os torcedores. Eles foram responsáveis por bancar os custos de produtora independente no fim de semana.
Sem contrato no estadual e com acordo com a Globo até 2018 no Brasileiro, os clubes se sentem à vontade para ousar e lucrar ainda mais.
Até aqui, eles fecharam apenas a TV fechada com o Esporte Interativo a partir de 2019. Outros quatro itens que costumam compor o pacote na Série A se encontram em aberto, por exemplo: a TV aberta, o pay-per-view, a venda para o exterior e, claro, a internet.
Essa última ainda não tem a devida atenção das equipes. O seu valor, em separado, não é tido como claro por nenhum dos lados.
É uma realidade que deve mudar a partir do Atletiba do último fim de semana.
Os times de Curitiba, aliás, inovaram neste ano após recusar oferta da Globo de em torno de R$ 1 milhão para os direitos de transmissão do Campeonato Paranaense.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.