A cúpula da Conmebol reconhece que o inchaço da Taça Libertadores da América, com duas vagas extras para o Brasil, tinha motivos econômicos. Agora, a confederação já se prepara para pedir mais dinheiro das televisões brasileiras, principal mercado, com o novo formato da competição. A informação é do UOL Esporte, por Rodrigo Mattos. Contratos da competição costumam ter número de jogos e fórmula: mudanças levam a renegociações automáticas.
Os direitos de transmissão da Libertadores no país pertencem ao FOX Sports até 2018. Por meio de acordo paralelo, a Globo comprou da FOX os direitos em TV Aberta. Esses contratos foram negociados no final de 2015 e início de 2016, após investigação do Departamento de Estado dos EUA mostrar que houve pagamento de propina a dirigentes da Conmebol pelo acordos anteriores.
A T & T, que tinha participação acionária da FOX, comprava os direitos e pagava propinas aos cartolas. Depois, assinou um contrato com a Globo pelo qual revendia a Libertadores de 2016 para o Brasil por apenas US$ 11 milhões (r$ 47 milhões por um ano). A emissora carioca tinha acordo até 2022 com valores inferiores aos do Campeonato Paulista.
Isso gerava cotas pequenas e reclamações dos times sul-americanos, inclusive os brasileiros. Houve uma reforma de 30% nos novos contratos da Fox, e portanto da Globo, com a Conmebol.
Mas, com dois times brasileiros a mais, poderá haver pelo menos seis jogos extras de times brasileiros na fase pré-Libertadores. Cartolas da Conmebol dizem que o próximo passo é renegociar contratos de televisão para o Brasil já que as propriedades serão maiores. Ainda mais porque a Globo considera a Libertadores essencial em seu pacote de futebol como deixou claro na Justiça.
Teoricamente, essa renegociação deve ocorrer dentro dos contratos atuais que têm uma previsão do número de jogos totais da competição. O maior incremento, no entanto, pode ser com ocorrer com possível concorrência para novos contratos da Libertadores a partir de 2019. É uma promessa da Conmebol.
A intenção da confederação com isso é promover mais um aumento de cotas para os clubes. Até porque a própria CBF reconhecia que times brasileiros reclamavam de ganhar bem menos na Libertadores do que em competições nacionais como a Copa do Brasil, o Brasileiro e até Estaduais.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.