Há duas programações esportivas na televisão, aquela que é mostrada, evidenciada e transmitida e uma outra, que está velada e é vista por poucos ou quase ninguém! Em tom de reclamação abro o espaço desta semana. Não é de conhecimento público as entrelinhas dos contratos de transmissões, então não sabemos o que pode e o que pode ser escondido, mas mesmo assim, algumas emissoras abusam do espectador ao não mostrar o que possuem. Canais abertos não mostram ou jogam a grade para a madrugada, canais pagos jogam para canais secundários ou para os aplicativos de internet.
Exemplos não faltam. Este final de semana, por exemplo, o EI Maxx2 apenas mostrou a Copa da Espanha de Futsal, noutro foi o sul-americano de vôlei. Poderia explorar o canal principal ou o aberto para o evento, mas ficou restrito a poucos, enquanto que o canal principal e o aberto estavam com loooongos debates. Os canais ESPN optam apenas para o Watch em muitas vezes, o Mexicano de Futebol; Box e o Super Rugby são os exemplos de ontem. A Globo anda engaveta muita coisa, vide o exemplo da NBA e da liberdade contratual que possui. A BAND promete madrugada esportiva, eventos FIFA são assim, e a Record escanteia, sem propagandear para a Record News algumas competições, como as aquáticas.
Albio Melchioretto – colunista do esporteemidia.com albio.melchioretto@gmail.com @amelchioretto |
O que é mais importante? A audiência ou a mostragem daquilo que possuem?
Eu escolheria mostrar! O “ao vivo” deveria prevalecer sempre.
O caso da ESPN é aquele que me causa incomodação maior. Optam pelo serviço da internet algumas transmissões, enquanto que seus canais estão com reprises. O “ao vivo” deveria prevalecer em qualquer circunstância. Ou pior, nem reprise, em horário alternativo daquilo que foi pelo Watch aparece muitas vezes. Sabemos que aplicativos são a realidade da televisão paga, porém, cabe lembrar, que segundo o IBGE, apenas 34% da população brasileira possui internet domiciliar e o acesso a rede mobile decente, como 4G, é uma raridade reduzida aos grades centros urbanos, bem diferente das condições de acesso dos locais periféricos, então, por que insistir naquilo que é inviável?
Quero mais eventos esportiva na televisão paga.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.