Alipio Jr. – colunista do esporteemidia.com
@alipiojr
Olá a todos!
Até quem estava em viagem pelo Sistema Solar sabe que em 2016 o Rio de Janeiro sediará um evento olímpico. Para os cariocas e suas obras constantes, isso é dolorosamente percebido e lembrado todos os dias, quando ele redescobre suas muitas dificuldades de locomoção.
Há algumas semanas, como acontece desde sempre, vimos a Seleção masculina de vôlei ir bem numa competição, suplantando até o regulamento obtuso da competição, sendo batida apenas na final. A Seleção feminina de vôlei também costuma ir bem nas competições que disputa, com a sua rotina de vitórias e bom desempenho nas competições.
Paralelamente vimos a Seleção masculina de basquete, reforçada dos jogadores da NBA que dessa vez nao pediram dispensa, apesar de claudicante, ir bem numa competição internacional. Em contrapartida, estamos acompanhando a Seleção feminina sendo engolida por seus adversários.
Até aí, nada de novo. Contudo, esta semana a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) nos trouxe de volta à realidade quando, de maneira amadora “esqueceu” de inscrever uma de suas melhores atletas numa competição.
Isso traz à tona a pergunta que vale um milhão de medalhas: Cadê o nosso Projeto Olímpico, faltando menos de 2 anos para a grande competição?
Novamente temos os esportes de sempre com chance de medalha (o vôlei – de quadra e praia, judô, remo, natação e, vá lá, o futebol. Excetuando os de sempre, nossas chances de medalha e, principalmente, fomento ao esporte, são ridículas.
Como sempre teremos uma ou outra surpresa que vai virar matéria de programa esportivo e escancarar o abandono dos esportes olímpicos, mas em sua maioria, caminhamos a passos largos para sucessivos vexames.
É importante indagar porque nossos canais esportivos e programas que discutem por horas o esporte, pouco têm questionado isso. Não seria mais proveitoso se as matérias e pesquisas ocorressem agora ou preferem esperar o caldo entornar?
Considerando o papel investigativo de tais noticiários e, porque não, de denúncia, falar do tema agora traria frescor e demonstraria notar algo sobre o qual ninguém falou.
É lamentável que uma oportunidade dessas seja perdida e que pela enésima vez não enxerguemos os benefícios do esporte no contexto social e ignoremos uma oportunidade única. Que vergonha.
Notei alguns programas, até as mesa redonda futebolística de rádio, achincalhando o basquete feminino, por exemplo, mas não vi/ ouvi ninguém se preocupar em entender onde se origina o problema.
E que entendamos por um final de semana que seja, a necessidade de discutir menos sobre arbitragem ruim e dar espaço a um problema visível e pouco falado.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.