O UFC e o Pride são dois nomes que são inseparáveis quando falamos sobre a história do MMA. Ambos tiveram papéis fundamentais no crescimento do esporte, mas qual deles realmente conquistou o maior legado?
Neste artigo, vamos comparar as diferenças, os pontos fortes e as influências desses torneios que dominaram a mídia e a paixão dos fãs de artes marciais.
História e origens: o início do UFC e do Pride
O UFC foi fundado em 1993 por Rorion Gracie com a ideia de mostrar a superioridade do jiu-jítsu brasileiro sobre outras modalidades de luta. A proposta inicial do UFC era brutal e sem regras rígidas: sem categorias de peso, sem limite de tempo, e os combates só terminavam por nocaute ou desistência.
Ao longo dos anos, o UFC se adaptou e se tornou mais profissional, mas o início foi um verdadeiro teste de resistência entre os melhores lutadores de diferentes estilos. O Pride, por sua vez, surgiu em 1997 no Japão, oferecendo um formato de torneio com grandes lutas e um estilo de entretenimento que conquistou fãs de todo o mundo.
Ao contrário do UFC, o Pride utilizava um ringue de boxe tradicional e permitia mais liberdade nas lutas, como o uso de pisões e chutes no oponente caído, algo proibido no UFC. Essa permissividade atraiu uma base de fãs apaixonada, especialmente no Japão, onde o torneio se tornou um verdadeiro fenômeno.
Abaixo, você pode ver no Youtube os melhores nocautes do Pride:
Regras e estrutura: diferenças de formato e regulamentação
O UFC começou com regras bem simples e poucas restrições, mas rapidamente evoluiu para uma organização profissional. Ele introduziu categorias de peso, regras mais rigorosas e uma estratégia de regulamentação para proteger os lutadores.
Além disso, o UFC passou a adotar o octógono, uma área com formato de cercado que trouxe mais segurança e organização aos eventos. Já o Pride manteve um estilo mais livre, com maior permissividade em relação às regras.
Além do ringue tradicional, o Pride organizava eventos com torneios que desafiavam os lutadores a competir em várias lutas na mesma noite, algo que tornava o torneio ainda mais imprevisível e emocionante.
Embora o UFC tenha mantido uma abordagem mais individual em suas lutas, o Pride inovava com essa dinâmica de torneios, onde o vencedor enfrentava adversários diferentes, testando sua resistência e habilidade em diversas situações.
O impacto global: o crescimento do UFC e a limitação do Pride
O Pride teve grande sucesso no Japão e em outras partes da Ásia, mas seu impacto global foi limitado. Enquanto o UFC tentava conquistar o mercado americano, europeu e latino-americano, o Pride focava apenas no público japonês.
Ao longo do tempo, isso fez com que o UFC se tornasse uma marca global, ultrapassando as barreiras geográficas e se tornando o maior torneio de MMA do mundo. O UFC não só conseguiu expandir para diversos mercados internacionais, mas também se profissionalizou de maneira a conquistar um público global.
O Ultimate implementou práticas antidoping rigorosas, que eram frequentemente negligenciadas no Pride. Isso ajudou a promover uma imagem de segurança e seriedade para o UFC, consolidando-o como a maior organização de MMA do planeta.
Lutadores e legado: a fusão de estilos e carreiras
Lutadores como Wanderlei Silva, Maurício Shogun e Rodrigo Minotauro brilharam tanto no Pride quanto no UFC, mas foi o UFC quem proporcionou uma plataforma maior para que esses atletas se tornassem estrelas internacionais.
A transição de atletas do Pride para o UFC, como Dan Henderson e Antonio Rodrigo Nogueira, solidificou ainda mais a relação entre as duas organizações. O Pride teve um grande legado em termos de entretenimento e lutas emocionantes, mas sua compra pelo UFC em 2007 resultou no fim da era de ouro do torneio japonês.
Embora o Pride tenha sido essencial para popularizar o MMA no Japão, o UFC foi mais eficaz em transformar o esporte em um fenômeno global, com maior visibilidade e uma carreira mais duradoura para seus lutadores. Você pode ver um compilado dos maiores nocautes dos pesos-pesados do UFC no YouTube:
A comparação: quem realmente se destaca?
Embora o Pride tenha sido crucial na formação do MMA como um espetáculo de grandes lutas e em ajudar a popularizar o esporte no Japão, o UFC se destaca pela maneira como conseguiu se expandir internacionalmente, profissionalizar o esporte e transformá-lo em uma verdadeira indústria de entretenimento.
O UFC não só adotou uma abordagem mais estruturada, mas também criou um legado duradouro, ajudando a transformar o MMA em um dos esportes mais populares do mundo. Ao longo dos anos, o UFC provou ser mais bem-sucedido em atrair um público global, estabelecendo-se como a principal organização de MMA.
O Pride, com seu estilo único e suas lutas emocionantes, deixou uma marca indelével no esporte, mas o UFC assumiu a liderança e se consolidou como o maior e mais influente torneio de MMA.
UFC ou Pride? A lenda continua no UFC
Apesar da importância do Pride no desenvolvimento do MMA, não há dúvida de que o UFC venceu a batalha da popularidade e influência mundial. O UFC conseguiu capturar a essência do esporte, adaptando-se às mudanças e mantendo-se relevante ao longo das décadas.
Com sua marca global, torneios de alto nível, e a exposição que os lutadores recebem, o UFC consolidou-se como o maior evento de MMA da história.
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Mateus Taz sempre sonhou em ser jogador, mas descobriu no Jornalismo Desportivo seu grande dom. Tem 40 anos, pai de família e já correu na Maratona São Silvestre. Estudou produção cultural na Universidade Federal da Bahia e colabora em um projeto de Letramento para crianças carentes da periferia de Salvador. É fã do Bahia, mas gosta mesmo é de acompanhar os jogos das Ligas Internacionais. Erling Haaland, o Terminator, é seu ídolo.