Ao longo dos anos, o Arsenal não apenas formou grandes jogadores, mas também cultivou uma relação especial com seus torcedores, criando uma base de fãs leais e apaixonados. Cada ídolo que passou pelo clube deixou um legado único, marcando a história do Arsenal e do futebol inglês. Esses jogadores se tornaram símbolos de superação, técnica e lealdade, conquistando o respeito e admiração de várias gerações.
Nesta lista, revisitamos a trajetória de 10 lendas que ajudaram a construir o prestígio do clube. De atacantes habilidosos a defensores implacáveis, cada nome representa um capítulo importante na jornada dos Gunners. Seja pelo talento, pela liderança ou pela dedicação ao clube, esses ídolos permanecem vivos na memória dos torcedores e na identidade do Arsenal.
Pat Rice: Raiz e lealdade
Pat Rice não é só um ex-jogador; é parte viva da história do Arsenal. Com 528 partidas, ele conheceu Highbury como poucos, trabalhando perto do estádio ainda jovem, antes de ingressar na base e estrear pelo time profissional em 1967. Como lateral-direito, Rice passou por momentos de glória e dificuldades no clube, permanecendo até 1980. Depois, voltou como assistente técnico em 1996, ajudando a moldar o sucesso da era Wenger até 2012.
John Radford: O artilheiro dos primeiros tempos
O jovem John Radford marcou seu nome ao estrear aos 17 anos, no início da década de 60, e construir uma carreira sólida até 1976. Radford ainda detém o título de jogador mais jovem a fazer um hat-trick pelo Arsenal, aos 17 anos e 315 dias. Em sua melhor temporada, 1970/1971, ele foi fundamental no primeiro “Double” do Arsenal, conquistando liga e Copa da Inglaterra na mesma temporada.
David O’Leary: Símbolo de resiliência
Nenhum jogador vestiu mais vezes a camisa dos Gunners que David O’Leary. Em 722 jogos entre 1975 e 1993, ele liderou o time em diversas fases, incluindo o período de reconstrução nos anos 1980. Seu apelido, “Spider”, reflete sua agilidade e tenacidade em campo, qualidades essenciais na defesa do Arsenal.
Tony Adams: O Eterno “Mr. Arsenal”
Conhecido como “Mr. Arsenal”, Tony Adams personificou a essência do clube. Foram 17 anos de serviço, 14 deles como capitão, defendendo o Arsenal com força física e mental. Mesmo enfrentando desafios fora do campo, incluindo uma batalha contra o alcoolismo, Adams deu a volta por cima e encerrou sua carreira com o título da Premier League em 2002. Sua frase célebre, “jogue pelo nome na frente da camisa, e eles lembrarão do nome de trás”, resume sua filosofia.
Lee Dixon: Constância na defesa
Chegando em 1988, Lee Dixon foi outro defensor que marcou época, completando 619 jogos até sua aposentadoria em 2002. Dixon era um lateral-direito conhecido pelo posicionamento preciso e pela capacidade de apoiar o ataque, uma qualidade ainda mais valorizada sob o comando de Wenger. Seu legado inclui quatro títulos da liga e três Copas da Inglaterra, fechando sua carreira com um Double na temporada 2001/2002.
David Seaman: Segurança no gol
No Brasil, David Seaman é lembrado pelo gol de falta de Ronaldinho em 2002, mas para os fãs do Arsenal, ele é um dos goleiros mais queridos da história. Com 564 jogos, ele foi crucial na defesa dos Gunners durante os anos 90 e início dos 2000. Suas defesas espetaculares, como a da semifinal da Copa da Inglaterra em 2003, garantiram sua idolatria em Highbury.
Ian Wright: O homem-gol
Ian Wright chegou ao Arsenal em 1991 e logo mostrou a que veio, encerrando sua trajetória com 185 gols em 288 partidas. Em tempos de placares magros e jogos fechados, ele era a esperança de gol dos Gunners. Wright nunca teve medo de se expressar, dentro e fora de campo, e seu recorde de artilheiro máximo do clube durou até ser superado por Thierry Henry.
Dennis Bergkamp: Elegância e técnica
O Arsenal começou a mudar seu estilo com a chegada de Dennis Bergkamp em 1995. Conhecido como o “Iceman” por sua frieza, o atacante holandês trouxe habilidade, precisão e uma mentalidade vencedora. Seus 120 gols, muitos deles de extrema beleza, transformaram o Arsenal em um time temido. Bergkamp ajudou a conquistar três Premier Leagues e permanece como uma referência de técnica e classe.
Patrick Vieira: A força do capitão invicto
Patrick Vieira é lembrado por sua intensidade e raça, especialmente em confrontos acirrados com rivais como o Manchester United. Quando Tony Adams se aposentou, Vieira assumiu a braçadeira de capitão e conduziu o Arsenal na campanha invicta da Premier League em 2003/2004. Seu último jogo pelo clube, na final da Copa da Inglaterra de 2005, terminou com o gol decisivo dele nos pênaltis, encerrando sua jornada no Arsenal com chave de ouro.
Thierry Henry: O maior de todos
Para muitos, Thierry Henry é o maior ídolo do Arsenal. Ele chegou em 1999, vindo da Juventus, e aos poucos se tornou um dos atacantes mais temidos do mundo. Com 228 gols em 377 jogos, Henry revolucionou o ataque dos Gunners e ajudou a equipe a conquistar duas Premier Leagues. Seu retorno breve em 2012 emocionou os torcedores, mostrando que sua conexão com o clube é eterna.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.