Gustavo Oliveira, paulista radicado em Londres, está há uma década trabalhando na formação de jovens atletas em clubes como Chelsea, Millwall e, agora, Arsenal.
Com uma carreira discreta como goleiro, ele passou por clubes brasileiros e internacionais antes de virar técnico. Desde então, se especializou, conquistou licenças da Uefa e aplicou sua experiência em clubes ingleses, sempre focando em desenvolver o drible como diferencial.
Por que ele insiste tanto no drible? Gustavo explica que, enquanto muitos treinadores focam em passes e táticas, ele acredita que o diferencial do jogador brasileiro sempre foi a capacidade de improviso e a criatividade em campo.
No Arsenal, ele introduziu o futsal para estimular justamente isso, permitindo que jovens jogadores pratiquem e desenvolvam habilidades individuais.
“Driblar é para poucos”, afirma.
Dribles como identidade
Desde 2022, Gustavo implementou o futsal na categoria sub-9 do Arsenal. No entanto, ao perceber que a prática parava quando os jogadores subiam de categoria, ele convenceu o clube a estender o projeto até o sub-11. O objetivo é que esses atletas continuem evoluindo e cheguem ao sub-12 com uma habilidade técnica diferenciada.
O técnico brasileiro é categórico: os jovens do Arsenal precisam se sentir à vontade com a bola, driblando em espaços curtos e tomando decisões rápidas. Ele acredita que o drible é o que falta para transformar as bases inglesas.
Para Gustavo, a inversão de prioridades é evidente: enquanto o Brasil foca no passe, os europeus querem dominar o drible, que sempre foi a alma do futebol brasileiro.
Estrutura e desenvolvimento
Gustavo destaca que, no Arsenal, a filosofia é clara: formar jogadores criativos e com visão de jogo. Todo o trabalho da base segue esse plano, e o futsal tem um papel fundamental nesse processo.
Ele quer levar essa experiência de volta ao Brasil, resgatando a essência do futebol nacional, onde o destaque individual faz a diferença.
“Passar a bola, qualquer um consegue. Driblar é para poucos.”
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.