Nem tudo foram flores no jogo de ida das quartas de final da Champions entre PSG e Barcelona, que terminou com vitória dos blaugranas por 2 a 3. A euforia não durou muito no clube catalão, que está à espera de receber uma multa da UEFA pelo comportamento de alguns de seus torcedores.
A equipe culé teve o apoio de 2.000 torcedores no Parque dos Príncipes, onde não houve nenhum conflito entre as torcidas de ambos os times durante a partida.
No entanto, após o término do jogo, um vídeo se tornou viral mostrando três torcedores blaugranas fazendo gestos que incorreram em “apologia de crimes de guerra e insulto público de caráter racista”.
Diante disso, o AS informou que a UEFA fará um relatório sobre o ocorrido na partida. Já o Sport revelou que o clube aguarda o andamento do caso, pois pode implicar uma nova sanção para o Barça.
O QUE ACONTECEU?
Os dois sócios e o membro da peña que fizeram a saudação nazista e o gesto de macaco foram detidos após a partida pela polícia francesa. Mas a UEFA abriu um processo disciplinar que pode prejudicar os culés nas semifinais da competição.
Se avançarem para as semifinais, os comandados por Xavi Hernández podem ficar sem seus torcedores fora de casa. E os sócios envolvidos no caso podem ter seus direitos de sócios suspensos por entre quatro meses e dois anos. Ou até mesmo serem expulsos para sempre, segundo o AS.
A punição para os sócios será decidida pelo Barcelona, que levará o ocorrido à sua comissão disciplinar para tomar medidas. Do que o Barça tem certeza é que não escapará da multa pelas sinalizações que seus torcedores acenderam no estádio.
PSG DENUNCIOU O OCORRIDO
Além da UEFA, o PSG não ignorou o ocorrido e apresentou três denúncias pelos fatos ocorridos na partida da Champions, segundo o L’Équipe. A primeira denúncia foi por apologia de crimes de guerra e a segunda foi por “insulto público de caráter racista”.
Já a terceira foi contra o Barcelona para tentar identificar outros culpados, de acordo com o Mundo Deportivo. Por sua vez, o clube parisiense expressou sua intolerância ao ocorrido e esclareceu que o Parque dos Príncipes é um lugar para todos.
“O Paris Saint-Germain condena veementemente todas as formas de discriminação e deseja salientar que elas não têm lugar nos estádios nem na sociedade. O Parque dos Príncipes é um local de encontro aberto a todos os torcedores de futebol”, comunicou o PSG.
Por outro lado, as três denúncias do clube da capital se somam às das ONGs SOS Racismo e Sportitude, segundo o Mundo Deportivo.
PRECEDENTES DE CASOS SEMELHANTES
Em 2014, a UEFA puniu a Federação Sérvia de Futebol (FSS) pelo comportamento racista de seus torcedores. Além do CSKA de Moscou e do Apollon Limassol pelo mesmo motivo.
No caso da FSS, a confederação do futebol europeu ordenou o fechamento das seções dos estádios destinadas aos torcedores locais. E também exigiu que a Federação Sérvia pendurasse uma faixa com a frase “Não ao Racismo”. Além disso, o capitão da seleção fez um anúncio em campo para repudiar o racismo.
O CSKA, por sua vez, foi punido com um jogo em casa com portões fechados e multa de 50.000 euros. Já o Apollon foi punido com um jogo com as arquibancadas dos dois lados do túnel de vestiários fechadas.
A UEFA também abriu processos disciplinares por insultos racistas contra Danny Rose e Raheem Sterling em uma partida entre Inglaterra e Montenegro em 2020. Também investigou casos de racismo em jogos da Europa League e Conference League, entre outros.
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Márcia Pereira é jornalista, mãe e amante de esportes. Possui formação acadêmica pela Universidade Federal do Paraná. Tendo sido atleta por muitos anos, sua área de atuação hoje é o jornalismo esportivo, como forma de estar próxima do que sempre amou e acredita. É Flamenguista roxa e tem Zico como seu grande ídolo do esporte. É fã de Gabigol.