A história do futebol é rica em grandes rivalidades, e entre as mais notáveis está a que envolve Brasil e Inglaterra. De um lado, o país que inventou o futebol. Do outro, o país que o aprimorou e elevou o esporte à estatura de arte.
Em 23 confrontos entre as seleções, a Canarinho leva ampla vantagem: 11 vitórias, 9 empates e apenas 3 derrotas. Com o amistoso entre as duas seleções marcado para o próximo sábado (23), é um momento propício para revisitar a história.
A seguir, relembramos cinco dos momentos mais marcantes desse clássico, com detalhes adicionais sobre cada partida.
Cinco dos momentos mais marcantes de Brasil x Inglaterra
1959: Julinho conquista o Maracanã
A seleção brasileira de 1959 era uma equipe em formação, após o fracasso na Copa do Mundo do ano anterior. No amistoso contra a Inglaterra, no Maracanã, o técnico Vicente Feola decidiu poupar alguns titulares e escalar Julinho Botelho no lugar de Garrincha.
A torcida do Maracanã não gostou da escolha de Feola e vaiou Julinho quando ele entrou em campo. No entanto, o atacante calou os críticos com uma grande atuação. Ele marcou um gol e fez jogadas de grande habilidade, transformando vaias em aplausos.
A partida terminou em 2 a 0. A vitória para a Inglaterra foi um excelente resultado para a seleção brasileira, que ainda estava em desenvolvimento. Julinho se consolidou como um jogador importante da equipe e foi convocado para a Copa do Mundo de 1962.
1962: Garrincha e o balé das pernas tortas
A seleção brasileira de 1962 era favorita ao título mundial, mas perdeu Pelé para o restante da competição logo na segunda partida. Para piorar, o próximo adversário era a forte seleção da Inglaterra, nas quartas de final.
A partida aconteceu em Viña del Mar, no Chile. Sem Pelé, a responsabilidade de liderar a equipe recaiu sobre Garrincha. O ponta-direita fez uma partida espetacular, driblando os adversários com facilidade e criando diversas chances de gol.
Ele marcou dois gols, um de cabeça e outro com um belo chute de fora da área, e comandou a vitória brasileira por 3 a 1.
A vitória sobre a Inglaterra colocou o Brasil nas semifinais da Copa do Mundo, onde a seleção derrotou o Chile e conquistou o bicampeonato mundial. Garrincha foi eleito o melhor jogador do torneio.
1970: A defesa milagrosa de Gordon Banks
A seleção brasileira de 1970, considerada por muitos a melhor de todos os tempos, buscava o tricampeonato mundial no México. A Inglaterra, por sua vez, era uma equipe forte e tradicional, com jogadores talentosos como Bobby Charlton e Gordon Banks.
A partida aconteceu em Guadalajara, na fase de grupos da Copa do Mundo do México. O Brasil dominou o jogo, mas a Inglaterra se defendia com organização.
No segundo tempo, Pelé recebeu um cruzamento na área e cabeceou com força e precisão. No entanto, Gordon Banks fez uma defesa espetacular, considerada por muitos a melhor de todos os tempos.
O jogo terminou em 1 a 0 para o Brasil, com gol de Jairzinho. A defesa de Banks, no entanto, se tornou um dos momentos mais marcantes da história da Copa do Mundo.
1984: A “vingança inglesa” no Maracanã
Em 1984, a seleção brasileira vivia um período de transição após a conquista do tetracampeonato mundial no ano anterior. A equipe era formada por jogadores jovens e promissores, como Zico, Sócrates e Falcão, mas ainda não tinha a mesma entrosamento e experiência das seleções campeãs dos anos 70 e 80.
Do outro lado, a Inglaterra buscava vingar a derrota para o Brasil na Copa do Mundo de 1970 e se consolidar como uma das principais potências do futebol mundial.
A partida aconteceu no Maracanã, em um amistoso que gerou grande expectativa. A seleção brasileira era favorita, mas a Inglaterra se mostrou mais organizada e eficiente em campo. John Barnes, o grande destaque da equipe inglesa, foi o responsável por dar a vitória aos visitantes.
Em um lance espetacular, ele driblou três jogadores brasileiros e chutou com força no canto esquerdo do gol, sem chances para o goleiro Leão. John Barnes se tornou um ídolo da torcida inglesa e a partida, que terminou em 2 a 0 para a Inglaterra, ficou conhecida como a “vingança inglesa” pela derrota na Copa do Mundo de 1970.
2002: Ronaldinho Gaúcho faz sua bruxaria
A seleção brasileira de 2002 era favorita ao pentacampeonato mundial, mas teve um início irregular na Copa do Mundo. Nas quartas de final, o adversário era a forte seleção da Inglaterra.
A partida aconteceu em Shizuoka, no Japão. O Brasil começou mal e a Inglaterra abriu o placar. No entanto, Ronaldinho Gaúcho empatou o jogo com um belo chute de fora da área. No segundo tempo, o craque brasileiro cobrou uma falta com perfeição e marcou o gol da vitória.
A vitória sobre a Inglaterra colocou o Brasil nas semifinais da Copa do Mundo do Japão, onde a seleção derrotou a Turquia e conquistou o pentacampeonato mundial. Ronaldinho Gaúcho, o bruxo, foi um dos principais jogadores da campanha.
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Mateus Taz sempre sonhou em ser jogador, mas descobriu no Jornalismo Desportivo seu grande dom. Tem 40 anos, pai de família e já correu na Maratona São Silvestre. Estudou produção cultural na Universidade Federal da Bahia e colabora em um projeto de Letramento para crianças carentes da periferia de Salvador. É fã do Bahia, mas gosta mesmo é de acompanhar os jogos das Ligas Internacionais. Erling Haaland, o Terminator, é seu ídolo.