O que aconteceu
O ex-atacante Wellington Paulista, em participação no podcast MunDu Meneses, da ESPN, expôs uma dolorosa realidade: o preconceito enfrentado pelos jogadores da Chapecoense após o trágico acidente aéreo de 2016. Paulista, que passou pela equipe catarinense, revelou que a discriminação era evidente, especialmente durante viagens.
De acordo com o relato do jogador, o time formado em 2017, após a tragédia, enfrentava desconforto e desconfiança por parte de alguns passageiros nos voos. A simples presença da camisa da Chapecoense era suficiente para gerar receio, e em alguns casos extremos, levava até mesmo pessoas a desembarcarem da aeronave.
“A maioria dos lugares era assim. A gente entrava no avião e parecia que a gente iria derrubar o avião, a gente parecia terrorista. Pessoal via a roupa da Chapecoense (e ficava com medo). Teve uma senhora que desceu do avião”, relatou Wellington Paulista.
Alvo de piadas e comentários desrespeitosos
Além das dificuldades enfrentadas durante as viagens, o jogador destacou que também era alvo de piadas e comentários desrespeitosos por parte de torcedores adversários durante os jogos. Segundo ele, o preconceito não se limitava apenas ao ambiente aéreo, mas também se manifestava nas arquibancadas, demonstrando a falta de sensibilidade e empatia por parte de algumas pessoas.
“A gente foi jogar no interior e os times faziam gracinha (do acidente) contra a gente. O Reinaldo apontou, chamamos o árbitro, mandamos olhar. Os torcedores recriminaram o cara e tal, ele saiu de perto. Sempre tem um idiota”, acrescentou o atleta.
As declarações de Wellington Paulista servem como um alerta para a persistência do preconceito e da discriminação mesmo diante de tragédias e superações.
É fundamental promover a conscientização e o respeito mútuo, reconhecendo a dignidade e a história de superação dos envolvidos, como os jogadores da Chapecoense, que enfrentaram uma das maiores tragédias do futebol mundial.
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Mateus Taz sempre sonhou em ser jogador, mas descobriu no Jornalismo Desportivo seu grande dom. Tem 40 anos, pai de família e já correu na Maratona São Silvestre. Estudou produção cultural na Universidade Federal da Bahia e colabora em um projeto de Letramento para crianças carentes da periferia de Salvador. É fã do Bahia, mas gosta mesmo é de acompanhar os jogos das Ligas Internacionais. Erling Haaland, o Terminator, é seu ídolo.