Dois dias atrás, a Série A testemunhou um acontecimento intolerável após o goleiro do Milan, Mike Maignan, ter sido alvo de insultos racistas por parte de alguns torcedores da Udinese. Diante disso, o juiz esportivo do Calcio se viu na obrigação de punir tais atos com medidas exemplares.
O juiz decidiu punir os friulani “com a obrigação de jogar uma partida com portões fechados”, conforme comunicado da Série A. Dessa forma, a Udinese disputará seu próximo compromisso em casa sem a presença de torcedores. O jogo será contra o Monza em 3 de fevereiro, pela 23ª rodada da Liga Italiana.
A autoridade competente levou em consideração que no Estádio Bluenergy foram feitos dois anúncios pelo sistema de som devido aos insultos racistas, além de duas interrupções de um minuto e outra de cinco minutos durante a partida.
MANIFESTAÇÕES DE APOIO
No entanto, o jornal AS destacou que a falta de manifestações claras de repúdio a esses comportamentos intoleráveis por parte dos demais torcedores agravou a situação.
Apesar disso, o juiz do ‘caso Maignan’ destacou a colaboração da Udinese com as autoridades para identificar os responsáveis pelos insultos. Além disso, esclareceu que o árbitro aplicou corretamente o protocolo ao interromper a partida e pedir, pelo sistema de som do estádio, o fim dos insultos.
Por outro lado, a Federação Italiana de Futebol, a Série A, o governo italiano e clubes como o Inter de Milão manifestaram seu apoio a Maignan. Enquanto isso, Kylian Mbappé solidarizou-se com seu companheiro na Seleção Francesa e afirmou que “chega” e que Mike não está sozinho.
FIFA SE PRONUNCIOU SOBRE O ‘CASO MAIGNAN’ NA SÉRIE A
A instituição que governa o esporte pediu sanções para os autores e seus times após o ocorrido no Udinese vs. Milan. Além disso, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, propôs punir o clube de Údine com uma derrota automática em uma partida.
“Precisamos implementar uma perda automática para a equipe cujos torcedores tenham cometido atos racistas e provocado o abandono da partida”, afirmou Infantino
As declarações do líder do futebol mundial ocorreram em um momento crucial, pois o árbitro de Sheffield Wednesday vs. Coventry City pela Championship também interrompeu a partida devido a insultos racistas a Kasey Palmer, na rodada do sábado.
UDINESE LAMENTOU O OCORRIDO E ASSEGUROU QUE SUA CIDADE NÃO É RACISTA
O prefeito de Údine, Alberto Felice De Toni, falou sobre o ocorrido no Estádio Bluenergy e propôs conceder a cidadania honorária a Maignan. Alberto Felice também afirmou que convidou o goleiro para visitar sua cidade, demonstrando solidariedade e o abraço simbólico de toda Údine e dos friulani.
Por sua vez, o jogador da Udinese, Gerard Deulofeu, defendeu sua torcida e assegurou que não são racistas. O espanhol afirmou que a torcida das Zebras não representa os racistas, em sua conta de X. Também publicou que são um clube com valores e respeitado por toda a Itália, Europa e o mundo, e assim permanecerá.
Acompanhe notícias do esporte no X (antigo Twitter):
Tweets by ESPNBrasilSiga @esporteemidiabr no Instagram e Twitter e tenha acesso às nossas novidades através das redes sociais.
Aposta nas melhores casas de apostas do dia 02 de Dezembro 2024
Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.