Aymeric Laporte foi um dos muitos jogadores que migraram do futebol europeu para o Oriente Médio na janela de transferências de verão, buscando sorte na Liga Profissional Saudita. O zagueiro espanhol deixou o Manchester City após alcançar a glória com os Citizens, conquistando a Liga dos Campeões, e juntou-se ao Al Nassr de Cristiano Ronaldo.
Uma proposta financeira luxuosa e a oportunidade de jogar em uma liga em crescimento foram atrativos que o levaram à decisão. No entanto, cinco meses depois, Laporte questiona sua escolha. Começa a ficar claro para o mundo que nem tudo que reluz é ouro. Na verdade, alguns jogadores que assinaram contrato com equipes da Liga Saudita em agosto já deixaram a competição, como o caso de Jordan Henderson, que saiu do Al-Ettifaq para se juntar ao Ajax.
Sem conseguir se adaptar à liga saudita
Aymeric ainda não encontrou seu melhor desempenho na Arábia Saudita. As excelentes performances que teve na Premier League não foram replicadas na Saudi Pro League. Ele destaca que o clube é uma barreira para a adaptação do jogador à liga. A chegada de jogadores veteranos com muita experiência na Europa cria um tipo de atrito quando chegam a uma liga onde tudo é muito novo.
“É uma grande mudança em relação à Europa, mas no final, tudo se resume à adaptação. Não facilitaram as coisas para nós. Na verdade, muitos jogadores estão insatisfeitos, mas estamos trabalhando nisso todos os dias. Temos jogadores europeus que já têm uma longa carreira. Talvez não estejam acostumados a isso e precisem se adaptar a um pouco mais de seriedade”, explicou.
Ao mesmo tempo, ele lançou críticas à direção da equipe. O espanhol ressaltou que os diretores não dão atenção às queixas ou ao desconforto dos jogadores. Além disso, mencionou que não estão cumprindo as condições estipuladas no contrato, como bônus ou benefícios. Isso é algo que, em mais de 10 anos jogando na Europa, o zagueiro nunca experimentou.
Além do salário, Laporte considera importante cuidar do jogador fisicamente e fora do campo, para que ele se sinta confortável na cidade, com a família e os amigos. Um aspecto que ele não conseguiu no Al Nassr.
Eles cuidam de nós, mas não o suficiente para o meu gosto. Em outras palavras, na Europa, nos pagam um bom salário, mas cuidam de nós muito mais, disse.
Esporte com um pé e meio fora da Arábia Saudita?
Laporte foi um dos grandes destaques na janela de transferências de verão na Arábia Saudita. O zagueiro foi contratado pelo Al Nassr por 27,5 milhões de euros. Apesar de chegar à equipe para ser um dos pilares ao lado de Cristiano Ronaldo e Sadio Mané, o jogador agora está pensando em uma nova direção para sua carreira no futebol.
Com apenas 29 anos e em excelente forma para retornar ao futebol europeu, Laporte ainda se vê jogando na Arábia. As circunstâncias e experiências vividas na Saudi Pro League o fizeram refletir e questionar a continuidade no campeonato. Ele explica que, se nada mudar no futuro próximo, provavelmente procurará novos horizontes.
“Não sei, vamos ver. Por enquanto, ainda não pensei nisso, mas se ficar desiludido em tão pouco tempo, nos perguntamos o que fazer. Esse momento ainda não chegou, mas pode vir a acontecer se essa dinâmica se mantive”, disse Laporte.
Neste momento, é pouco provável que o espanhol saia na janela de transferências de inverno. A opção de saída seria mais latente nas janelas de julho e setembro, dependendo do sentimento do jogador.
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Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.