Guardiola à beira do limite: lesões ameaçam campanha do City

Pep Guardiola não esconde mais sua frustração: o calendário apertado do futebol inglês está cobrando um preço alto. Em meio à eliminação recente na Copa da Liga Inglesa para o Tottenham, o treinador do City revelou que o clube enfrenta uma verdadeira crise de lesões. 

Hoje, apenas 13 jogadores estão em condições de jogo para a Premier League, e o próprio Guardiola deixou claro que a situação chegou a um ponto insustentável.

O ataque agora é direto. “Em nove anos, nunca vi algo assim.” Com uma sequência de competições intensas ao longo de quase 11 meses por temporada, o técnico acredita que seus jogadores estão esgotados. 

A prova disso é o número crescente de atletas no departamento médico: Savinho, Gvardiol e Akanji são os mais recentes a integrarem essa lista, após a partida contra o Tottenham. Como consequência, Guardiola terá que usar os jogadores que ainda restam no próximo confronto da Premier League, contra o Bournemouth.

A situação de Savinho é a que mais deixa Guardiola apreensivo. O brasileiro saiu de campo chorando e de maca, o que pode indicar uma lesão grave. Savinho vinha se firmando como titular e ganhando a confiança do treinador. 

“Vamos ver o que é, se foi uma pancada ou algo mais sério. Espero que não seja grave, mas só saberemos amanhã,” disse o técnico, demonstrando sua preocupação.

Essas lesões não atingem apenas o elenco do City, mas também o planejamento e a estratégia de Guardiola. Ele já está cogitando formar o próximo time com “apenas 11 jogadores de alguma forma”.

Não é de hoje que Guardiola levanta essa questão, e seu desabafo não é à toa. A maratona de jogos no futebol inglês é reconhecidamente intensa, com muitas equipes sofrendo com lesões. 

A situação fica ainda mais complicada quando se pensa nos compromissos do City fora da Premier League: Sporting pela Champions League e Brighton no campeonato nacional, ambos na sequência de jogos que exigem uma performance máxima.

Essa crise abre os olhos para uma questão mais profunda. Guardiola, assim como outros treinadores, defende a ideia de repensar o calendário para garantir a saúde dos jogadores e a qualidade do espetáculo. Será que chegou a hora da Premier League começar a ouvir?

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