Nesta terça-feira (16), o governo da Argentina anunciou uma decisão histórica para o futebol do país: a permissão para que clubes adotem o modelo de Sociedades Anônimas Desportivas (SADs).
A medida, estabelecida pela Inspeção-Geral da Justiça (IGJ), altera artigos do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) nº 70/2023, facilitando a abertura econômica no setor esportivo.
Novo modelo pode enfrentar resistência
Segundo Javier Milei, presidente argentino, a abertura do futebol ao capital privado pode atrair investimentos expressivos, estimados em até US$4 bilhões. Esse movimento poderia revitalizar financeiramente os clubes e fortalecer a competitividade nacional e internacional.
No entanto, a adoção do novo modelo pode enfrentar resistência. Em uma votação recente, a maioria dos clubes argentinos se posicionou contra a mudança, com 45 votos contrários e apenas um a favor.
Isso indica que a transição para as SADs pode ser gradual e enfrentar desafios de adaptação cultural e estrutural no ambiente futebolístico argentino.
Perspectivas e desafios futuros
A permissão das SADs não é obrigatória para todos os clubes, mas oferece uma alternativa de gestão que pode atrair aqueles interessados em modernizar suas estruturas administrativas e financeiras.
Para as associações civis e fundações que atuam no esporte, a possibilidade de se transformarem em sociedades anônimas representa uma oportunidade de crescimento e sustentabilidade a longo prazo.
A implementação completa das SADs no futebol argentino dependerá agora da adesão voluntária dos clubes e do desenvolvimento de um quadro regulatório que concilie os interesses esportivos com as exigências legais e econômicas.
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Luiza Ximenes Pernambucano estudou Letras na Universidade Federal do Alagoas. Especializou-se em mídia e comunicação na UERJ, de onde fez nascer o seu interesse pela cobertura esportiva. Ama esportes e maratonar séries documentais. Admira o trabalho de Neymar e torce pelo Santos.