“Provas? Com o MP!”: John Textor desafia STJD e recusa-se a apresentar provas de corrupção

Acusado de denunciar corrupção sem provas, John Textor, do Botafogo, desafia o STJD e adia entrega de provas. Ele alega incompetência do tribunal e diz que as entregará ao MP em 30 dias. A recusa pode gerar punição e prejudicar o clube.

Acusado de fazer graves denúncias de corrupção no futebol brasileiro sem apresentar provas, o empresário John Textor, acionista da SAF do Botafogo, entrou em rota de colisão com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Em resposta à intimação do STJD para apresentar as provas em três dias, sob pena de suspensão e multa, Textor se recusou a entregar os áudios e relatórios que comprovam suas alegações.

Falou grosso: não ao STJD

O cartola argumenta que o STJD não tem competência para investigar crimes, mas apenas para aplicar sanções desportivas. Por isso, afirma que a justiça comum é o meio adequado para a entrega das provas.

“Não cabe ao STJD usurpar competência investigativa”, argumenta a defesa de Textor. “A investigação criminal é de competência da justiça comum”, completam.

Vai entregar provas ao MP

Textor alega que ainda está reunindo mais provas e que as apresentará ao Ministério Público do Rio de Janeiro e de Brasília em 30 dias. Ele também afirma que se limitou a exercer seu direito de liberdade de expressão e pensamento ao fazer as denúncias.

“Em cerca de 30 (trinta) dias, prestaremos maiores esclarecimentos aos torcedores do Botafogo de Futebol e Regatas (“Botafogo”) acerca de acontecimentos ocorridos no último campeonato, o que inclui a conduta de determinados árbitros”, diz a defesa.

Escalonamento de tensão

Em dezembro, o STJD já havia desdenhado e arquivado uma solicitação de inquérito de Textor em menos de 24 horas. A recusa em entregar as provas pode levar a um processo disciplinar contra o empresário, com risco de suspensão e multa de até R$ 100 mil.

A situação aumenta a tensão entre Textor e o STJD, e gera instabilidade no Botafogo. As declarações do empresário podem prejudicar a imagem do clube, enquanto a investigação sobre a corrupção no futebol brasileiro segue em aberto.

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