O futebol inglês está enfrentando mais uma polémica. Dessa vez é a equipe feminina do Arsenal. O clube londrino foi obrigado a se desculpar pela “falta de diversidade” em seu elenco, uma atitude sem precedentes, uma vez que tem sido alvo de inúmeras críticas por não ter jogadoras de diferentes origens étnicas em sua equipe.
Nos últimos dias, houve uma forte reação contra a equipe liderada por Kaylan Marchese. Uma foto compartilhada nas redes sociais, que já acumulou mais de dois milhões de visualizações, desencadeou uma onda de críticas, pois a maioria das 27 jogadoras do elenco é branca.
Muitos usuários das redes sociais expressaram críticas contundentes. A falta de diversidade no elenco foi considerada “chocante” e “alarmante”.
“Nenhuma equipe profissional, masculina ou feminina, deve poder ter um elenco completamente composto por jogadoras brancas em 2023”, comentou um usuário no X.
Apesar das circunstâncias, a equipe feminina do Arsenal é composta por várias jogadoras internacionais, incluindo a brasileira Gio Queiroz, o espanhol Laia Codina e as canadenses Sabrina D’Angelo e Cloe Lacasse.
Declaração do Arsenal
Devido à recente atenção dada aos jogadores nos últimos dias, o clube emitiu uma resposta rápida.
“Reconhecemos que nossa equipe feminina principal atual não reflete a diversidade existente no clube e nas comunidades que representamos. Aumentar a participação de jovens mulheres e meninas de diversas origens é uma prioridade fundamental para nós, com medidas específicas implementadas para melhorar as oportunidades e a acessibilidade.
Em todas as nossas equipes, incluindo as equipes masculina e feminina das categorias de base, nos orgulhamos dos nossos jogadores de diferentes origens que contribuíram para nossa história, sucesso e cultura. É uma prioridade do clube continuar a promover maior diversidade e inclusão, criando um sentimento de pertencimento para todos aqueles ligados ao clube.”
Um problema recorrente
Esse não é o primeiro debate na Inglaterra. A falta de diversidade na seleção nacional feminina durante o último Campeonato do Mundo foi um sinal claro da escassez de jogadoras de diferentes origens étnicas. Isso gerou uma grande polêmica a nível nacional, já que apenas três dos jogadoras convocadas eram de origem negra, asiática ou de etnias minoritárias, o que provocou críticas e protestos.
Em resposta a essa situação, a Federação Inglesa de Futebol (FA) implementou rapidamente um programa chamado “Descubra Meu Talento”, com o objetivo de melhorar o acesso ao futebol. A FA espera que essa iniciativa contribua para aumentar a diversidade no esporte.
No ano passado, a BBC estimou que entre 10-15% das jogadoras da Superliga Feminina são negras, asiáticas ou de origens étnicas minoritárias. Esse valor é consideravelmente inferior aos cerca de 33% registrados na Primeira Liga Masculina.
Acompanhe notícias do esporte no X (antigo Twitter):
Tweets by sportvSiga @esporteemidiabr no Instagram e Twitter e tenha acesso às nossas novidades através das redes sociais.
Aposta nas melhores casas de apostas do dia 15 de Fevereiro 2025
Amanda Alvarez aprendeu com o seu pai todas as regras do futebol. Podia ser árbitra, se não tivesse escolhido o Jornalismo com ênfase em cobertura esportiva. Esteve nas Copas do Qatar e da Rússia, repercutindo o Mundial de Futebol para o público brasileiro. Torcedora do Santos, é súdita do Rei Pelé e Lucas Paquetá.