A volta de Totti? Lenda da Roma quer trabalhar com Mourinho

Francesco Totti voltou a falar sobre o time que mais ama: a Roma. O histórico meio-campista italiano mencionou a possibilidade de um regresso e deixou clara a sua admiração pelo atual treinador do clube, José Mourinho, em uma entrevista ao jornal Corriere della Sera.

Com um papel definido, eu gostaria de retornar. E gostaria de voltar com Mourinho, ele é o número um, respeito muito ele. Lamento não ter sido treinado por ele durante a minha carreira. Na Roma, sabem que, se precisarem de mim para assuntos sérios, terei todo o prazer em ajudar”, disse um dos mais importantes representantes dos One Club Men.

O Capitão permaneceu na Loba desde a sua chegada em 1989 até a sua aposentadoria em maio de 2017. Quase 30 anos como jogador da mesma instituição, à qual sempre demonstrou o seu respeito. Tanto assim que decidiu ficar, apesar do interesse de uma das equipes mais importantes da história.

Fiquei trinta anos na Roma. Respeitei todos e recusei outras ofertas de trabalho. Disse não ao Real Madrid e a outros clubes porque queria aquela camiseta, só aquela camiseta “giallorossa” que trago dentro de mim”, explicou o jogador nascido em Roma.

De acordo com as declarações que fez há alguns anos à revista Líbero, Totti teve a oportunidade de assinar com os Merengues em 2003. Houve abordagens por parte dos espanhóis, mas ele ficou no “Giallorossi”.

O interesse era tanto que ele conhecia os detalhes do seu contrato, revelando que receberia cerca de 25 milhões de euros. No entanto, deu prioridade ao clube que o formou como jogador. Mesmo assim, Totti nunca escondeu o seu afeto pelos merengues, afirmando que são a sua “segunda equipe” e aquela pela qual sempre torce, admirando a sua história campeã.

Apesar dessa decisão, ele manifestou seu desagrado com a forma como a sua história com a Roma terminou e comparou a sua situação com a de outros grandes jogadores italianos.

Não gostei da forma como a minha história com a Roma terminou. Quando não somos mais necessários no futebol, perdemos o respeito. Se Maldini, Del Piero, Baggio e eu saímos do futebol, isso tem algum significado, não é verdade?” acrescentou.

O Gladiador Totti mencionou os aspectos que sente falta em sua vida como profissional.

Sinto falta de tudo. Os campos de treinamento, o vestiário, a camisa, a sala de massagem… Era a minha vida. O bar e o café com os meus colegas de equipe, a viagem de ônibus de Trigoria (cidade esportiva) para o estádio. Sinto falta da rotina que marcou a minha vida durante décadas”, sublinhou.

Além disso, ele revelou que sente que os dias estão vazios desde que decidiu pendurar as chuteiras. A partir desse momento, começou a se sentir sozinho, pois encerrou uma fase que era a sua vida. No entanto, pensou que não seria tão afetado ao deixar para trás “aquela paixão que, em sua mente, poderia continuar a viver”.

Ele atuou como diretor da Roma, mas não terminou bem. Em 17 de junho de 2019, demitiu-se no meio de uma coletiva de imprensa em que criticou o presidente James Pallotta e outros membros da direção por não tê-lo levado em conta ao tomar decisões para o clube.

Ele também tentou obter sua licença de treinador, mas sua atividade profissional no cargo anterior impediu que ele frequentasse o curso regularmente. Portanto, ele ficou sem a possibilidade de iniciar sua carreira como diretor técnico, pelo menos por enquanto.

Por fim, ele falou sobre a sua posição em campo e a evolução do jogo, que levou ao desaparecimento do “10” como era visto anteriormente.

Não existe mais. Esse papel desapareceu. Desapareceu porque agora é outro futebol. É outra visão, outra forma de jogar. Agora, o físico prevalece sobre a técnica. Quando eu jogava, havia sempre um ou dois jogadores nessa posição”, concluiu

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