(Reprodução/Twitter) |
Um fato lamentável marcou a partida entre São José x Internacional B, válida pela Copa Paulo Sant’Ana, realizada neste sábado. Alguns torcedores do clube mandante proferiram ofensas machistas contra a repórter Júlia Goulart (foto), da Rádio Galera de Porto Alegre. O episódio repercutiu nas redes sociais.
“Hoje foi difícil. E eu tenho um recado pra minoria da torcida do São José que tentou me derrubar: vocês não vão conseguir”, escreveu a repórter no Twitter. O episódio gerou revolta de seguidores da repórter nas redes sociais, de outras mulheres, torcedoras e torcedores, demais profissionais da imprensa e até chegou à conta oficial do São José, que emitiu nota de repúdio. Leia abaixo.
“NOTA DE REPÚDIO
Futebol é coisa para homem? É coisa para macho? Não. Futebol é coisa para humanos, para socializar, divertir e desenvolver amizades.
No final da partida deste sábado, no Estádio Morada dos Quero-Queros, lamentavelmente, pelo menos um torcedor dirigiu ofensas _ que não serão reproduzidas aqui _ à repórter Julia Goulart, da Rádio Galera. Uma atitude machista, mal educada e desrespeitosa à profissional que estava ali cumprindo o seu ofício.
Infelizmente, hoje aconteceu com a Julia, mas diariamente a conquista deste espaço no futebol pelas mulheres é bombardeada pelo pensamento retrógrado que ainda habita arquibancadas, gramados, vestiários e também microfones.
Aconteceu dentro da nossa torcida. E o Esporte Clube São José repudia com veemência tal atitude. E não compartilha do pensamento de pessoas que ainda não compreenderam que lugar de mulher é onde ela quiser. No Zeca é assim. Quem não compartilha disto e veste esta camisa, realmente não entende o que é ser São José.
Lamentamos o ocorrido, nos desculpamos à Julia, em nome da nossa torcida, e repetimos: os portões do Passo d’Areia estão sempre abertos a ti e a todas as mulheres que têm no futebol a sua paixão e o seu ofício.
Machistas, aqui não!
#machistasnãopassarão #Zecaédetodos”
O apoio à Júlia Goulart veio por meio de mensagens nas redes sociais, de torcedores e torcedoras de diferentes clubes, além dos colegas da imprensa. Apesar dos incentivos em prol da repórter, alguns tentaram minimizar ou mascarar a ação ocorrida, afirmando que seria um exagero ou busca por mídia.
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Henrique Neves é antropólogo por formação, mas esportista por natureza. Apaixonado por vôlei, aprendeu a jogar ainda pequeno. Escreve sobre esportes e ama praticar esportes radicais. É formado em Comunicação pela PUC-Rio. Fã de Vinicius Jr, torce pelo Flamengo.